Umas das melhores coisas que eu comprei no sabático foi um caderno capa dura A4 da Typo. Por apenas 5 dólares australianos. Era um trambolho para ficar carregando nas viagens, mas foi essencial para o trabalho criativo.
Hoje em dia existem muitos programas para ajudar você a melhorar a produtividade, colocar notas, ajudar a ter ideias, mas nada substitui o bom e velho caderno.
Primeiro porque o ato de escrever (e não de digitar) te ajuda na memorização. Mas o principal ponto é que ideias não são lineares. Boas ideias não aparecem de um dia para o outro, elas vão se acumulando. É um processo iterativo incremental, por isso o computador não funciona (para esse fim).
No caderno, eu sento e escrevo o que estou pensando. Ideias malucas, objetivos, frases inspiradoras, observações de livros e perguntas sem respostas. E, de vez em quando, eu folheio tudo para lembrar o que eu tinha escrito.
E é aí que a mágica acontece. Como se eu estivesse tendo uma conversa com um eu passado.
Começo a desenvolver ideias que não estavam prontas para o momento, ou desatar alguns nós em pontos críticos. Volto em algum tema que queria escrever, mas não tinha material e conhecimento suficiente na época.
“O computador é muito bom para editar suas ideias,... mas não é muito bom para gerar ideias” Austin Kleon
Escreva a mão, rabisque, desenhe, mas não obedeça as linhas (compre um caderno sem linhas) e a formatação de um arquivo word.
Coloque textos grandes junto de textos pequenos, deixe espaço para novas ideias.
Crie o caos. Deixe lugar para a loucura.
Um caderno é o ambiente mais fértil para a criatividade.
Se quiser ter ideias novas, desligue o notebook, compre um caderno e comece a escrever.
Você precisa conversar com a sua própria mente em tempos diferentes da vida e a única forma é deixando registrado o que você pensa agora.
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