Durante as gravações de um filme, Will Smith estava aguardando a sua hora de gravar. Já eram 3h da manhã, uma madrugada fria e seus familiares e amigos estavam com ele, vendo os outros atores atuando. Então, Will chegou com chocolate quente para todos e começou a contra piadas e a entreter o pessoal. Ele poderia estar descansando e se preparando para a próxima cena, mas em vez disso, decidiu transformar o momento dessas pessoas.
Lendo esse trecho retirado do livro “Limitless” de Jim Kwik me fez pensar como deixamos de ser intencionais na correria do dia a dia. É muito fácil cairmos no piloto automático, fazer as coisas pela inércia.
Um exemplo claro é o tempo que perdemos “navegando” em redes sociais. Navegar é o sinônimo de falta de intencionalidade. Não temos nenhum objetivo quando fazemos isso, estamos operando com o cérebro primata e com as dopaminas no corpo.
A falta de intencionalidade é reflexo da vida cansada.
Agimos sem intenção em vários níveis da vida. Nos relacionamentos, na criação dos nossos filhos, na carreira, nas amizades. Qual foi a última vez que você parou para pensar o que você queria de fato com alguma ação? Não no sentido de interesse pessoal. Na intenção de transformar o momento, assim como fez Will Smith, agir para transformar o dia do seu filho mais alegre ou um jantar com a esposa mais romântico.
Qual foi a última vez que você foi intencional com você mesmo? Como disse Brendon Burchard em “O poder da alta performance”: “Seja mais intencional sobre quem você quer se transformar. Tenha uma visão além das circunstâncias atuais. Imagine você no futuro e comece a agir como essa pessoa.”
Ser intencional é difícil porque precisamos ter objetivos claros e consciência das nossas ações.
Uma forma de ter objetivos mais claros é fazer como Will Smith que possui uma pergunta dominante na cabeça: “Como fazer os momentos mais mágicos?”. Isso faz com que ele pare, reflita sobre o momento e tome uma ação intencional. Pense na sua pergunta dominante, algo que reflita os seus valores nas suas interações.
Ter consciência é algo que venho trabalhando também. E os ensinamentos do budismo são muito interessantes nesse aspecto. No livro “Mindfulness: A Practical Guide to Awakening”, Joseph Goldstein diz “Quando compreendemos claramente o propósito e os benefícios das nossas ações, abrimos a possibilidade de fazermos escolhas sábias. Onde essa ação irá levar? Eu realmente quero ir para lá?”.
Quando paramos para refletir sobre nossas ações, podemos agir de forma sábia, mas que horas paramos para fazer isso no dia a dia? Questione-se!
Falar é muito mais fácil do que fazer. Estou em um processo diário para ser mais intencional. Alguns hábitos, já discutidos aqui e no livro “Cansei! O que fazer para mudar e sair dessa vida cansada” me ajudam a ter mais consciência das minhas ações, mas ainda tenho uma longa estrada a percorrer pela frente.
O caminho para uma vida mais plena começa com uma vida mais intencional.
Então, seja intencional!
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