Uma das formas mais utilizadas para aprender algo é a repetição. Faça a mesma atividade tantas vezes que ela se tornará automática. Usamos essa estratégia para melhorar nosso físico, nossa memória e também em várias atividades do dia a dia.
O nosso cérebro armazena as informações para que no futuro possamos fazer as atividades gastando menos energia, ou seja, pensando menos para executar a mesma tarefa. O cérebro procura a eficiência.
Lembra quando você aprendeu a dirigir? Era mentalmente cansativo. Você prestava atenção nos retrovisores, lembrava de colocar o cinto, ajustava a altura do encosto, mexia no câmbio (cringe essa hein) e só então dava a partida do carro.
Hoje em dia você faz tudo automaticamente. Muitas vezes, nem sabe o que está fazendo.
Para muitas tarefas, esse mecanismo eficiente do cérebro realmente nos ajuda, tomamos tantas decisões no dia que se preocupar com o retrovisor seria desperdício de energia.
Mas para outras atividades, o piloto automático pode ser uma grande cilada.
Ficamos tão automatizados que perdemos o senso de propósito, perdemos a intencionalidade.
Repetimos as mesmas atividades no trabalho sem conseguir olhar de forma crítica e sugerir uma melhoria ou sem questionar se a atividade ainda faz sentido. Relatórios que foram feitos para uma área que já mudou totalmente de escopo e nem precisa mais da informação, por exemplo.
Repetimos a mesma rotina com nossos filhos, sem perceber que eles cresceram e deveriam aprender a fazer por si mesmos, como comer sozinho, tomar banho, fazer a própria higiene.
Repetimos porque é cômodo, porque faz parte da rotina.
O piloto automático economiza energia enquanto ir contra o automático consome mais energia.
É desconfortável, é chato, é cansativo, mas é necessário.
Precisamos sempre pisar no freio para sair do piloto automático e refletir sobre nossas atitudes.
Estamos fazendo as coisas por comodidade ou porque realmente é necessário?
Pise no freio. Questione-se e seja intencional.
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